
Para que os países possam desenvolver tecnologia para fins pacíficos sem que seus vizinhos suspeitam que estão fazendo a bomba atômica, o diretor-geral da Agência Internacional, Mohamed El Baradei, propôs o compartilhamento do processo de enriquecimento de urânio. Assim, cada país dominaria apenas uma parte do processo.
O diretor da AIEA, Prêmio Nobel da Paz junto com sua agência, órgão das Nações Unidas, discursou na sexta-feira, 7 de dezembro, no Rio, no seminário Energia Nuclear Como Alternativa Sustentável? Um diálogo Europa-America Latina, promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Nos comentários finais, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, reafirmou a intenção brasileira de "dominar o ciclo completo do urânio". Há grande resistência internacional porque é uma tecnologia de uso duplo.
Para evitar que os países não-nucleares façam a bomba, nos termos do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), há uma série de salvaguardas que incluem inspeções de surpresa de suas instalações atômica pela AIEA.
O Brasil não assinou o protocolo adicional ao TNP, e algumas autoridades o consideram intrusivo demais, a ponto de violar a soberania nacional.
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