Para evitar uma crise de liquidez e facilitar o fechamento dos balanços neste final de ano, o Banco Central da Europa deve anunciar nesta terça-feira, 18 de dezembro, uma oferta ilimitada de fundos para as instituições financeiras a uma taxa de juros pré-fixada abaixo dos preços de mercado.
É a segunda vez em seus nove anos de existência que o BCE toma uma medida dessas. A primeira foi em 9 de agosto, quando ficou evidente que a crise no mercado de crédito hopitecário iniciada nos Estados Unidos contaminara o mercado financeiro internacional.
Na época, o BCE ofereceu 95 bilhões de euros, o equivalente a US$ 137 bilhões pelas cotações de hoje.
Até agora, apesar dos esforços do BCE, os bancos da zona do euro continuam relutantes em emprestar dinheiro uns para os outros por prazos longos. A taxa para empréstimos interbancários de três meses caiu para 5%, mas ainda está acima da meta do BCE para curto prazo, que é de 4%.
A autoridade monetária européia segue o Federal Reserve Board (Fed), banco central dos EUA, que ofereceu na segunda-feira US$ 40 bilhões a juros baixos às instituições financeiras americanas.
Há três dias, o ex-presidente do Fed Alan Greenspan sugeriu que o governo George W. Bush deveria fazer mais para refinanciar os contratos de compra da casa própria dos tomadores que não conseguem pagar.
O reverendo Jesse Jackson, principal líder negro dos EUA, está à frente de um movimento que exige o refinanciamento em vez da simples retomada dos imóveis. Isto deixaria os tomadores inadimplentes sem casa e sem crédito.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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