A senadora e primeira-dama Cristina Fernández de Kirchner assumiu nesta segunda-feira, 10 de novembro de 2007, a Presidência da Argentina para cumprir um mandato de quatro anos.
Primeira mulher eleita para o cargo, tragicamente ocupado pela viúva do general Juan Domingo Perón, María Estela Martínez de Perón, a Isabelita, após a morte do caudilho, em 1974, Cristina quer ser comparada à sua segunda mulher, María Eva Duarte de Perón, a Evita.
Como em 1952, Evita foi rejeitada mesmo para vice, houve uma inegável evolução na Argentina. Mas Cristina não se ilude: o poder em seu país ainda é um ambiente dominado pelos homens.
No seu discurso de posse, ela prometeu reforçar as instituições, que não é a regra do peronismo. Defendeu um modelo de crescimento econômico com inclusão social e plena inserção no mundo, o que fortalece a opinião de que tentará um acordo com os credores que não aceitaram a renegociação da dívida argentina feita pelo governo de seu marido, Néstor Kirchner.
Cristina Kirchner pediu ainda a aceleração dos processos por violação dos direito shumanos durante a última ditadura militar argentina (1976-83). Disse que o pacto social não se resume a controlar preços e salários. E, como não poderia deixar de ser, reivindicou a soberania argentina sobre as Ilhas Malvinas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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