O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, confirmou hoje que as próximas eleições gerais serão realizadas em 9 de março de 2008.
Rodríguez Zapatero chegou ao poder em 14 de março de 2004, beneficiados pelos atentados terroristas que mataram 191 pessoas em Madri em 11 de março de 2004 e pela maneira desesastrada como o governo conservador de José María Aznar lidou com o episódio.
Como os atentados combinados contra o sistema de transportes ferroviários da capital espanhola foram uma clara retaliação pela participação da Espanha na Guerra do Iraque, ao lado dos Estados Unidos, o governo Aznar botou a culpa no grupo terrorista ETA, que luta pela independência do País Basco.
Mas, na noite de 11 de março daquele ano, a polícia antiterrorista espanhola já encontrara indícios evidentes de que se tratava de um ato de terroristas muçulmanos, enquanto o Ministério do Interior insistia em responsabilizar a ETA.
Resultado: uma campanha de última hora em que os telefones celulares desempenharam uma função importante para mobilizar a opinião pública derrotou o governo mentiroso de Aznar, aquele que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, chamou, não sem razão, de "fascista".
Aznar é oriundo do fascismo que sustentou a ditadura do generalíssimo Francisco Franco (1936-75) e apoio o golpe de 12 de abril de 2002 na Venezuela. Chávez também tem seu passado golpista, mas essa é outra história.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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