O presidente Abdelmajid Tebboune assumiu o cargo hoje em Argel. Ele substitui Abdelaziz Bouteflika, que governou o país durante 20 anos e caiu em 2 de abril em meio a uma onda de manifestações de rua contra o continuísmo.
Mesmo que as Forças Armadas e o governo interino tenham conseguido realizar a eleição presidencial, as manifestações de protesto devem continuar. Imediatamente, Tebboune propôs diálogo à oposição, mas as oposições estão divididas quanto a aceitar ou não. Todas as terças e sextas-feiras, há protestos para exigir uma reforma política e a libertação de todos os prisioneiros políticos.
Tebboune ganhou a eleição da quinta-feira passada, que teve a menor participação da história da Argélia, de menos de 40 por cento. O novo presidente recebeu 58 por cento pelo resultado oficial, visto com suspeita por boa parte do eleitorado.
Desde a independência da França, em 1962, a Argélia é governada pela Frente de Libertação Nacional e as Forças Armadas.
Em 1991, o regime suspendeu o segundo turno das eleições parlamentares, que seriam vencidas pela Frente Islâmica de Salvação, deflagrando uma violenta guerra civil que durou mais de dez anos em que cerca de 150 mil pessoas foram mortas. Meu comentário:
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