O ex-presidente da Bolívia Evo Morales viajou ontem para Cuba e pode deixar o México, onde recebeu asilo político depois de renunciar em 10 de novembro sob pressão de uma revolta popular e das forças de segurança em razão de uma fraude na eleição presidencial de 20 de outubro de 2019, e se instalar na Argentina, noticiou hoje o jornal espanhol El País.
Morales se declara vítima de um golpe de Estado. Ele deixou a Cidade do México num voo comercial e disse ao governo mexicano se tratar de uma viagem temporária. A ex-ministra da Saúde Gabriela Montaño, que acompanha o ex-presidente, informou que Morales vai consultar médicos cubanos que o atenderam na Bolívia.
Com a nova eleição presidencial ainda sem data marcada na Bolívia, Morales pretende ir para a vizinha Argentina, onde terá melhores condições de articular a candidatura do Movimento ao Socialismo (MAS).
Seu plano seria ir para Buenos Aires a tempo de assistir à posse do presidente peronista Alberto Fernández e da vice-presidente Cristina Kirchner em 10 de dezembro. O próprio Fernández teria recomendado a Evo Morales que espere a posse do novo governo para poder lhe dar garantias de segurança.
O ex-vice-presidente Álvaro García Linera, que também obteve asilo do governo esquerdista mexicano de Andrés Manuel López Obrador, recebeu vários convites para dar aulas em universidades. Pode ficar no México.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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