A companhia chinesa Huawei, maior fabricante mundial de equipamentos de telecomunicações, teve um faturamento recorde de US$ 122 bilhões em 2019, apesar do boicote do governo Donald Trump.
Os Estados Unidos tentam convencer os aliados a não contratar a Huawei para implantar a tecnologia de telecomunicação móvel de quinta geração (5G) por risco de serem espionados pelo regime comunista da China.
O crescimento de 18% ficou um pouco abaixo do esperando, admitiu o presidente da Huawei, Eric Xu. Este foi o mais difícil dos 32 anos da empresa, que no ano passado crescera 19,5%. A diretora financeira, Meng Wanzhou, filha do fundador da companhia, está há um ano em prisão domiciliar em Vancouver, no Canadá. Luta contra um pedido de extradição dos EUA, que a acusam de violar as sanções ao Irã.
Além da prisão da diretora financeira e da lista negra do Departamento do Comércio, que impede a Huawei de vender equipamentos para operadoras americanas, há dois processos criminais contra a empresa na Justiça.
Eric Xu espera mais desafios em 2020. A Huawei não espera ser removida da lista negra de empresas que não podem ter acesso a determinadas tecnologias americanas. Mas vende 240 milhões de telefones inteligentes em 2019 e está investindo em tablets, computadores pessoais e objetos vestíveis.
Os telefones celulares são para o mercado doméstico. Na tecnologia 5G, a Huawei tem contratos com cerca de 40 países. Até agora, só os EUA, a Austrália e a Nova Zelândia vetaram totalmente a companhia chinesa de suas redes 5G.
A Alemanha indicou que não vai excluir a Huawei, enquanto Canadá e Reino Unido não chegaram a uma decisão final.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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