A Etiópia é um dos países que dobrou sua produção e renda nesses dez anos, ao lado de gigantes como a China e a Índia e pequenos países. Em segundo lugar no ranking do crescimento ficou o Turcomenistão, seguido de Nauru, Mongólia, China, Laos, Índia, Ruanda, Gana e Camboja.
Sob guerras civis, a produção da Líbia caiu 71% e a do Iêmen 36%. Na Síria e na Venezuela, a situação é tão dramática que o Fundo Monetário Internacional (FMI) parou de coletar dados. A queda no PIB da Venezuela é estimada em pelo menos 50%.
A renda média também caiu na Grécia, na Guiné Equatorial, na República Centro-Africana, no Sudão, no Timor Leste e em Trinidad-Tobago.
Todos os países vencedores "têm ligações com a China ou adotaram o modelo de desenvolvimento chinês", observa Charles Robertson, economista do banco de investimentos Renaissance Capital, um fundo de investimento especializado em mercados emergentes.
É um modelo de desenvolvimento baseado em governos autoritários e grandes investimentos estatais em infraestrutura como estradas, aeroportos, geração e transmissão de energia, e na indústria manufatureira.
Com investimentos públicos de 40% do PIB, a Etiópia explorou o potencial hidrelétrico dos rios Nilo Azul e Omo. Também usa as barragens para irrigação e aumento da produção agrícola.
O primeiro-ministro Abiy Ahmed, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2019, está fazendo reformas liberais e privatizações para atrair capital estrangeiros que enfrentam forte resistência interna.
Também na África, Gana, a antiga Costa do Ouro, descobriu o ouro negro em 2007, com o campo de petróleo Jubileu, mas o excesso de gastos públicos elevou a dívida interna para 60% do PIB, o que já começa a travar a economia.
Ruanda, onde um genocídio matou 800 mil pessoas em 1994, adotou um modelo de crescimento autoritário favorável ao capital estrangeiro comparável ao de Cingapura.
"Eles usaram cada dólar para construir um centro de conferências, hotéis, um bom aeroporto e boas estradas", comentou Robertson. Também melhoram o ambiente de negócios, cortando as taxas de juros e a burocracia.
Há suspeitas sobre as estatísticas de países como Ruanda e o Turcomenistão. Esta antiga república soviética teve um salto de 130% no PIB. Só ficou atrás da Etiópia, o que se atribui à exploração de jazidas de gás natural importado pela China com sua demanda crescente por energia.
O Camboja e o Laos ampliaram a produção industrial, seguindo o exemplo do vizinho Vietnã, e se beneficiam do aumento do turismo.
Bangladesh progrediu com o desenvolvimento da indústria têxtil com o mesmo modelo de crescimento com base num Estado autoritário e investimento público. O problema seria o excesso de endividamento, mas o país tem um bom nível de poupança.
Para Bangladesh, o desafio é ir além da indústria têxtil, que não tem o poder de mercado de setores de maior valor agregado, especialmente de alta tecnologia. Talvez possa avançar com o desenvolvimento da Índia no setor.
Apesar de ter duplicado o PIB, a Índia poderia ter crescido mais, adverte George Sterne, diretor de pesquisa macroeconômica global da Oxford Economics: "A Índia tem problemas bancários e institucionais, mas tem um nível de educação decente. O setor de centros de atendimento telefônico e os invisíveis vão bem, mas há um enorme potencial que só está meio-realizado."
A renda média também caiu na Grécia, na Guiné Equatorial, na República Centro-Africana, no Sudão, no Timor Leste e em Trinidad-Tobago.
Todos os países vencedores "têm ligações com a China ou adotaram o modelo de desenvolvimento chinês", observa Charles Robertson, economista do banco de investimentos Renaissance Capital, um fundo de investimento especializado em mercados emergentes.
É um modelo de desenvolvimento baseado em governos autoritários e grandes investimentos estatais em infraestrutura como estradas, aeroportos, geração e transmissão de energia, e na indústria manufatureira.
Com investimentos públicos de 40% do PIB, a Etiópia explorou o potencial hidrelétrico dos rios Nilo Azul e Omo. Também usa as barragens para irrigação e aumento da produção agrícola.
O primeiro-ministro Abiy Ahmed, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2019, está fazendo reformas liberais e privatizações para atrair capital estrangeiros que enfrentam forte resistência interna.
Também na África, Gana, a antiga Costa do Ouro, descobriu o ouro negro em 2007, com o campo de petróleo Jubileu, mas o excesso de gastos públicos elevou a dívida interna para 60% do PIB, o que já começa a travar a economia.
Ruanda, onde um genocídio matou 800 mil pessoas em 1994, adotou um modelo de crescimento autoritário favorável ao capital estrangeiro comparável ao de Cingapura.
"Eles usaram cada dólar para construir um centro de conferências, hotéis, um bom aeroporto e boas estradas", comentou Robertson. Também melhoram o ambiente de negócios, cortando as taxas de juros e a burocracia.
Há suspeitas sobre as estatísticas de países como Ruanda e o Turcomenistão. Esta antiga república soviética teve um salto de 130% no PIB. Só ficou atrás da Etiópia, o que se atribui à exploração de jazidas de gás natural importado pela China com sua demanda crescente por energia.
O Camboja e o Laos ampliaram a produção industrial, seguindo o exemplo do vizinho Vietnã, e se beneficiam do aumento do turismo.
Bangladesh progrediu com o desenvolvimento da indústria têxtil com o mesmo modelo de crescimento com base num Estado autoritário e investimento público. O problema seria o excesso de endividamento, mas o país tem um bom nível de poupança.
Para Bangladesh, o desafio é ir além da indústria têxtil, que não tem o poder de mercado de setores de maior valor agregado, especialmente de alta tecnologia. Talvez possa avançar com o desenvolvimento da Índia no setor.
Apesar de ter duplicado o PIB, a Índia poderia ter crescido mais, adverte George Sterne, diretor de pesquisa macroeconômica global da Oxford Economics: "A Índia tem problemas bancários e institucionais, mas tem um nível de educação decente. O setor de centros de atendimento telefônico e os invisíveis vão bem, mas há um enorme potencial que só está meio-realizado."
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