O governo interino da Bolívia, que tomou o poder depois da renúncia e fuga do presidente Evo Morales, declarou ontem personas non gratas a embaixadora da Espanha, María Teresa Mercado, os diplomatas espanhóis Cristina Borreguero e Álvaro Fernández, e um grupo de policiais. Todos têm de abandonar o país em 72 horas.
A presidente interina Jeanine Áñez acusou a embaixadora mexicana de "lesar gravemente a soberania do povo e do governo constitucional da Bolívia" ao tentar retirar do país vários políticos ligados ao governo anterior que se refugiaram na sede da representação diplomática. A embaixadora rejeita a alegação.
Em resposta, o governo da Espanha expulsou três funcionários da Embaixada da Bolívia em Madri, o encarregado de negócios, Luis Quispe Condori; o adido militar, Marcelo Vargas Barral; e o policial Orso Fernando Oblitas Siles.
Para proteger os 10 mil mexicanos residentes na Bolívia, o governo do México adotou uma posição cautelosa. O presidente Andrés Manuel López Obrador vai manter um encarregado de negócios, o mesmo status diplomático do representante mexicano na Venezuela.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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