quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Índia aprova nova lei de nacionalidade de caráter fascistoide

Em mais uma jogada do governo nacionalista hindu para acabar com a Índia pluralista, secular e multicultural criada pelos heróis da independência, até agora um exemplo de democracia para o mundo, o Parlamento indiano aprovou hoje uma lei de nacionalidade que facilita a naturalização de estrangeiros de seis religiões, mas exclui os muçulmanos.

O primeiro-ministro Narendra Modi leva adiante o projeto de transformar a Índia na pátria dos hindus, no Hindustão contrariando a proposta original dos fundadores do país, Mohandas Gandhi, o Mahatma, e Jawaharlal Nehru.

É a primeira vez que a Índia estabelece critérios religiosos para cidadania. O processo de naturalização dará preferência a hindus e a outros religiões do chamado Sul da Ásia. É um claro sinal de marginalização dos muçulmanos, uma minoria de 201 milhões de pessoas.

A lei reabre as feridas e os traumas da independência da Índia do Império Britânico, em 1947, quando o país se dividiu em dois, a Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana. Na época, mais de 10 milhões migraram e cerca de dois milhões de pessoas foram mortas. Meu comentário:

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