Para combater o déficit comercial dos Estados Unidos, de mais meio trilhão de dólares, o presidente Donald Trump assinou hoje dois decretos anunciados ontem o secretário do Comércio, Wilbur Ross, e o diretor do Conselho Nacional de Comércio, Peter Navarro, confirmou há pouco o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.
O comércio desleal foi um dos principais temas da campanha eleitoral de Trump. Ele prometeu combater a transferência da produção para outros países e renegociar acordos comerciais que considera injustos e lesivos aos interesses dos EUA.
O primeiro decreto autoria do Departamento de Comércio a investigar as causas do déficit comercial com vários países: China, Japão, Alemanha, México, Irlanda, Vietnã, Itália, Coreia do Sul, Malásia, Índia, Tailândia, França, Suíça, Taiwan, Indonésia e Canadá. O objetivo é identificar práticas desleais que possam justificar medidas retaliatórias como aumento do imposto de importação ou outras barreiras.
A segunda medida visa a fortalecer a capacidade das alfândegas de cobrar tarifas antidumping e direitos compensatórios. Pelos cálculos de Navarro, um dos grandes inimigos do livre comércio no governo Trump, cerca de US$ 2,8 bilhões deixaram de ser recolhidos desde 2001 por avaliações insuficientes e falta de obrigação de recolher o imposto de importação na fronteira.
Trump baixou os decretos uma semana antes de seu primeiro encontro de cúpula com o presidente da China, Xi Jinping, marcado para 6 e 7 de abril na residência de verão de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida. Ross e Navarro insistiram que Trump cumpre uma promessa de campanha, por isso as medidas não teriam como alvo específico a China, informou a televisão americana CNN.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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