Um carro atropelou pedestres intencionalmente na ponte de Westminster, um homem saiu do carro, esfaqueou um policial e foi morto por agentes a paisana hoje às 14h40 (11h40 em Brasília) na entrada do Parlamento Britânico, em Londres, informou a televisão pública britânica BBC. O Palácio de Westminster e as ruas próximas foram fechados. A polícia está tratando o caso como terrorismo.
Pelo menos quatro pessoas morreram, inclusive o terrorista, o policial esfaquedo e uma mulher atropelada, e outras 20 pessoas foram feridas no atropelamento, algumas seriamente, declarou a Polícia Metropolitana de Londres. Uma mulher caiu no Rio Tâmisa. Foi resgatada com vida, mas está gravemente ferida. Vários corpos ficaram estendidos sobre a ponte, mostram imagens de helicóptero.
Depois de atropelar os pedestres na ponte, o terrorista teria jogado o carro contra uma barreira que protege a entrada do Parlamento, esfaqueado um policial e corrido rumo à entrada dos deputados. Dois agentes a paisana o mandaram parar. Como o terrorista não respondeu, foi baleado três vezes e morto.
A principal suspeita recai sobre extremistas muçulmanos motivados ou ligados à organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. O grupo quer contra-atacar todos os países que estão acabando com o califado que seu líder Abu Baker al-Baghdadi proclamou há dois anos e nove meses em Mossul, no Iraque.
Com o apoio aéreo de uma coalizão de 65 países liderada pelos Estados Unidos da qual o Reino Unido faz parte, o Exército do Iraque e milícias aliadas está prestes a retomar Mossul, a segunda maior cidade do país. Na Síria, a capital do Estado Islâmico, Rakka, também está prestes a cair.
Como os veículos não são armas propriamente ditas, "são hoje as armas prediletas dos terroristas jihadistas", observou Paul Cruickshank, na rede de televisão americana CNN. Nos atentados de Nice, na França, em 14 de julho do ano passado, e contra uma feira de Natal em Berlim, na Alemanha, os terroristas usaram caminhões como arma para jogar contra a multidão.
O Reino Unido tem pouco menos de 3 milhões de muçulmanos. Milhares foram para a Síria e o Iraque lutar ao lado do Estado Islâmico. O mais notório era o João Jihadista, que apareceu nos primeiros vídeos de degolas de ocidentais. Pelo menos 400 voltaram para casa e são inimigos internos em potencial.
Em 7 de julho de 2005, quatro atentados contra o sistema de transportes da capital britânicas deixou 52 mortos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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