Ao assinar hoje o Decreto de Independência Energética, o presidente Donald Trump liberou o uso de carvão por usinas termelétricas e autorizou a exploração de combustíveis fósseis em águas e terras do governo federal dos Estados Unidos e a construção de um gasoduto numa reserva indígena.
Trump revoga assim o Plano de Energia Limpa do governo Barack Obama (2009-17) e abandona o compromisso dos EUA com o Acordo de Paris para controlar a emissão dos gases que agravam o efeito estufa provando o aquecimento global.
O atual presidente dos EUA e a corrente dominante no Partido Republicano negam que o homem seja responsável pelo aumento da temperatura média do planeta por causa da emissão de gases carbônicos.
Mais de 20 estados, representantes da indústria e empresas processaram a Agência de Proteção Ambiental (EPA) sob a alegação de que o plano de transição para uma economia menos poluente do governo Obama é inconstitucional.
Durante a campanha, Trump prometeu ressuscitar a indústria do carvão e "acabar com todas as regulamentações que prejudicam a geração de empregos". O diretor da EPA nomeado por ele, Scott Pruitt, processou a agência 14 vezes quando era procurador-geral do estado de Oklahoma.
Por outro lado, os procuradores-gerais de 18 estados apoiavam o Plano de Energia Limpa de Obama e podem rejeitar qualquer proposta alternativa de Trump e Pruitt. Pela lei americana, para eliminar regulamentações, é necessário submeter as novas regras a consulta pública, o que pode levar até um ano.
A grande inimiga do Plano de Energia Limpa é a indústria do carvão, a mais poluente. Com o aumento da oferta de gás natural e de energias alternativas como solar e eólica a preços competitivos, o carvão virou uma opção poluente e ineficiente. E mesmo que as minas de carvão voltem a produzir em grande escala, será uma produção mecanizada.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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