No mais sério incidente entre os dois países desde o início da guerra civil na Síria, em 15 de março de 2011, a Força Aérea de Israel atacou ontem vários alvos no território do país vizinho. A ditadura de Bachar Assad reagiu com sistemas avançados de defesa antiaérea importados da Rússia e disparou vários mísseis contra os bombardeiros israelenses.
A Síria anunciou hoje oficialmente ter abatido um avião israelense e avariado outro. Israel negou e declarou que um dos mísseis antiaéreos sírios foi derrubado por sistema de defesa israelense antimísseis conhecido como Flecha. O Exército da Jordânia revelou que destroços do míssil abatido caíram em território jordaniano.
Em várias ocasiões anteriores desde 2011, Israel bombardeou território sírio a pretexto de destruir carregamentos de armas para a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus), apoiada pelo Irã. Pela primeira vez, admite oficialmente. O Hesbolá desmentiu que um de seus comandantes tenha sido morto no bombardeio israelense.
O regime sírio acusou Israel de atacar perto da cidade de Palmira, no Centro do país, para apoiar a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Não faz sentido. Israel não apoia movimentos extremistas muçulmanos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sexta-feira, 17 de março de 2017
Síria e Israel vivem pior tensão em seis anos
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