Diante do fortalecimento do mercado de trabalho e do risco de volta da inflação, o Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o comitê de política monetária do banco central dos Estados Unidos, aumentou hoje a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual para uma faixa de 0,75% a 1% ao ano.
Foi o terceiro aumento em dez anos e o terceiro desde a Grande Recessão (2008-9). Em dezembro de 2008, o Fed praticamente zerou sua taxa básica, baixando-a para uma faixa de 0-0,25% para enfrentar a pior crise econômica desde a Grande Depressão (1929-39).
Sem condições de baixar ainda mais os juros, o Fed passou a comprar títulos públicos para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação. Depois de anos de recuperação, o índice de desemprego caiu de 10% para 4,7% e uma alta anual de 2,8% nos salários aponta para o risco de inflação.
A alta de hoje era esperada pelo mercado financeiro. É mais um passo rumo à normalização da política monetária dos EUA. A expectativa é de mais duas altas de juros em 2017. No início do ano passado, eram esperadas quatro; houve apenas uma.
Para o Brasil e as demais economias emergentes, é um sinal de que a era de juros perto de zero nos países ricos está chegando ao fim. A tendência é de alta do dólar e aumento o fluxo de investimentos nos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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