O navio petroleiro Aris 13, com bandeira das Ilhas Comores, sequestrado em 13 de março de 2017 perto da costa da Somália, foi liberado hoje pelos piratas assim como os oito tripulantes, que são do Sri Lanka. O comandante do navio afirmou que não houve pagamento de resgate.
As forças de segurança da Puntlândia, uma região semiautônoma em meio ao caos da Somália atacaram a base dos piratas e pediram aos anciães das comunidades locais para convencer os piratas a libertar o navio e os reféns srilanqueses.
Foi o primeiro sequestro de um navio comercial nos mares da região do Chifre da África, no Nordeste do continente, desde 2011. Analistas estratégicos consideram improvável a volta da pirataria em alta escala na região. A região de maior atividade de pirataria no mar é hoje o Golfo da Guiné, por onde passa o petróleo, um grande produtor que não refina e importa os derivados.
O embaixador no Quênia do governo provisório reconhecido internacionalmente da Somália, que não controla a maior parte do território do país, ameaçou pedir a intervenção militar dos EUA, levando o governo da Puntlândia a agir contra a pirataria.
Desde a queda, em 1991, do ditador Mohamed Siad Barre, que mudou de lado durante a Guerra Fria, passando de aliado soviético a aliado americano, a Somália vive em estado de anarquia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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