Um Partido Republicano dividido causou a primeira grande derrota do presidente Donald Trump no Congresso ao abandonar o projeto do presidente da Câmara, deputado Paul Ryan, para acabar com o programa de universalização da saúde pública do governo Barack Obama.
Visivelmente irritado, Trump falou em deixar o programa de Obama implodir, sob o argumento de que as prestações do seguro-saúde vão aumentar muito nos próximos anos. Acabar com o programa de saúde de Obama era uma promessa de campanha de Trump e da maioria dos republicanos.
O projeto retirado de votação deixaria em dez anos mais 24 milhões de americanos sem seguro-saúde, advertiu o bipartidário Escritório de Orçamento do Congresso. Isso colocou republicanos moderados na defensiva, não querendo pagar o preço nas próximas eleições.
Ao mesmo tempo, a ala mais direitista do partido, chamava o projeto de Obamacare light, acusando o projeto republicano de criar um Estado de bem-estar social nos EUA, o que para a ultradireita é uma espécie de socialismo.
Com o partido dividido, ficou evidente que não haveria votos suficientes para aprovar o projeto, apesar do patrocínio de Ryan e do apoio de Trump, os dois grandes perdedores.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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