O Reino Unido preparou um anteprojeto de resolução que circula entre os países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizando o uso da força contra o governo da Síria sob o pretexto de "proteger civis", alegando de que a ditadura de Bachar Assad atacou um subúrbio de Damasco com armas químicas há uma semana.
Um bombardeio de mísseis liderado pelos Estados Unidos para punir o regime de Assad, com o apoio da França e do Reino Unido, é considerado iminente, mas qualquer resolução da ONU deve ser vetada pela Rússia e a China, que se opõem a uma intervenção militar ocidental na Síria.
É prática discutir um texto no Conselho de Segurança para sondar a possibilidade de aprovação. Não havendo chance, o anteprojeto não vira formalmente um projeto e o assunto é retirado de discussão para evitar o voto contrário de uma das grandes potências com direito de veto (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido).
A China e a Rússia não gostaram da intervenção militar na Líbia, que teria ido além do mandato de "proteger civis" para derrubar e matar o ditador Muamar Kadafi, e mudar o regime. Os EUA e seus aliados árabes e europeus argumentam que era impossível proteger a população com Kadafi no poder. Diante da anarquia na Líbia, não pretendem repetir o erro na Síria, que teria grandes implicações para a instabilidade política do Oriente Médio.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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