terça-feira, 20 de agosto de 2013

PC chinês teme democracia liberal

A democracia liberal é a maior ameaça ao poder absoluto do Partido Comunista da China, adverte um documento interno revelado pelo jornal The New York Times.

Entre os sete perigos listados pelo PC, agora sob a liderança do novo presidente chinês, Xi Jinping, estão a "democracia constitucional ocidental", "valores universais" como "direitos humanos", "meios de comunicação independentes", "participação cívica", o "neoliberalismo econômico" e a "crítica niilista" do passado traumático do partido.

Xi acumula os cargos de secretário-geral do partido e presidente da Comissão Militar do Comitê Central, que controla o Exército Popular de Libertação. Com uma campanha anticorrupção, o julgamento do neomaoísta Bo Xilai, que começa daqui a dois dias, e esse documento sigiloso, começa a imprimir sua marca.

Numa megaestrutura burocrática como o PC chinês, há uma tentativa de mudar, mas não muito, para manter o essencial, o monopólio de poder. Diante do extraordinário desenvolvimento econômico do país, surgiu uma classe média que começa a dar "palpites" políticos. "A classe média é muito palpiteira", comentou recentemente um dirigente comunista.

Quando houver uma crise econômica, as novas elites econômicas criadas pelas reformas lançadas por Deng Xiaoping a partir de 1978 vão questionar o poder absoluto do PC. O documento indica que o partido teme que esta hora esteja próxima.

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