Cerca de 3,6 mil pessoas com sintomas de intoxicação neurológicas receberam atendimento depois de um ataque com armas químicas nos arredores de Damasco, em 21 de agosto de 2013, disse hoje a organização não governamental Médicos Sem Fronteiras. O total de mortes confirmadas é de 355.
A ditadura de Bachar Assad e os rebeldes que lutam há quase dois anos e meio contra o regime se acusam mutuamente pelo ataque. Os Estados Unidos ameaçam intervir militarmente na guerra civil síria se o governo usar seu arsenal químico.
Meses atrás, a França, o Reino Unido, Israel e os EUA afirmaram que as forças de Assad teriam usado armas químicas em pelo menos três ocasiões. Também houve denúncias contra os rebeldes. Uma equipe das Nações Unidas investiga as alegações.
Apesar da advertência do presidente Barack Obama, feita há um ano, de que o uso de armas químicas seria uma linha vermelha além da qual a sociedade internacional teria de intervir na Síria, os EUA relutam em se envolver na guerra civil. É um conflito muito complexo e hoje em dia a ala rebelde mais eficiente está ligada à rede terrorista Al Caeda.
Assad é aliado do Irã e da Rússia, mas uma Síria com o Estado em colapso e Al Caeda em atividade seria um pesadelo ainda maior para os EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário