A Liga Árabe reconheceu hoje que a ditadura de Bachar Assad usou armas neurotóxicas há seis dias num ataque contra os rebeldes que lutam há dois anos e meio para derrubar o regime na Síria.
Enquanto os Estados Unidos, a França e o Reino Unido se articulam para lançar um ataque punitivo contra o governo sírio, o ministro do Exterior, Walid al-Muallen, nega peremptoriamente que o regime tenha atacado seu próprio povo com armas químicas. A Rússia e o Irã, maiores aliados de Assad, repudiam a possível intervenção militar ocidental.
Em entrevista à televisão pública britânica BBC, o secretário da Defesa dos EUA, Chuck Hagel, declarou que o país está pronto para atacar a Síria assim que o presidente Barack Obama ordenar. A 6ª Frota da Marinha americana tem quatro contratorpedeiros armados com mísseis de cruzeiro no Leste do Mar Mediterrâneo.
Para os analistas, a questão central é se será uma única onda de ataque, uma resposta específica contra o uso de armas químicas, como é mais provável, ou se os EUA planejam uma ação sustentada para derrotar o regime sírio ou pelo menos forçá-lo a negociar a paz. Na primeira hipótese, mesmo que as bases de lançamento e os arsenais de armas químicas sejam destruídos, o regime pode manter sua capacidade de derrotar os rebeldes com armamento convencional.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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