Em sua campanha contra o que chamada de "terroristas", a ditadura militar do Egito cercou e atacou hoje a mesquita de Al-Fateh, na Praça Ramsés, no Cairo, depois de uma sexta-feira de conflitos em que pelo menos 173 pessoas foram mortas e mais de mil presas. O governo examina a possibilidade de tornar ilegal a Irmandade Muçulmana, maior e mais antigo grupo fundamentalista do mundo.
Hoje, houve troca de tiros, mas a última notícia da televisão árabe especializada em notícias Al Arabiya é de que as forças de segurança estão permitindo a saída de centenas de pessoas que se refugiaram na mesquita.
Há pouco, o porta-voz da Presidência do Egito declarou que "esta não é uma luta política, mas contra um fascismo religioso". Para justificar essa alegação, o governo afirmou que entre os presos há afegãos, paquistaneses e sírios.
Com o total de mortes se aproximando das 852 registradas durante a revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak, em janeiro e fevereiro de 2011, e os dois lados reafirmando suas posições, o país está à beira de uma guerra civil. Entre os 173 mortos na sexta-feira, está o filho do líder supremo da Irmandade, Mohamed Badie.
O irmão do dirigente máximo da rede terrorista Al Caeda, o médico Ayman al-Zawahiri, foi preso na cidade de Gizé, onde ficam as Pirâmides do Egito. Pelo menos 12 igrejas cristãs foram incendiadas e 57 policiais mortos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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