sexta-feira, 2 de agosto de 2013

ONU questiona legalização da maconha no Uruguai

Horas depois de a Câmara dos Deputados do Uruguai aprovar a legalização e estatização da maconha, que ainda precisa passar pelo Senado, as Nações Unidas advertiram o país de que pode estar violando vários acordos internacionais.

O presidente José Mujica prometeu explicar em detalhes sua nova política de drogas em setembro, quando for a Nova York para participar da reunião anual da Assembleia Geral da ONU. 

Pela nova lei, os uruguaios que se registrarem sigilosamente poderão comprar até 40 gramas de maconha por mês em farmácias. Também será permitido plantar até cinco pés de maconha para consumo próprio ou mais para clubes de usuários da droga.

A Junta Internacional de Controle de Estupefacientes fez um apelo às autoridades uruguaias para que "considerem todas as consequências possíveis" antes de tomar uma decisão capaz de trazer "graves consequências para a saúde e o bem-estar da população, e para a prevenção do uso indevido de cannabis entre os jovens".

Um dos objetivos da legalização é arrecadar impostos para financiar campanhas contra drogas mais perigosas, especialmente o crack. A descriminalização de todas as drogas em Portugal desde 2001 reduziu a violência associada ao tráfico sem que houvesse um aumento no número de usuários.

"Não se trata de um viva ao baseado", declarou Mujica. "É uma experiência de vanguarda mundial para acabar com a clandestinidade, identificar e ter um mercado à luz do dia."

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