Na festa em homenagem aos 50 anos do discurso Eu tenho um sonho de Martin Luther King Jr., o maior líder negro da História dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama, primeiro afro-americano a chegar à Casa Branca, apontou a falta de oportunidades econômicas como a principal causa das desigualdades sociais do país.
Em 28 de agosto de 1963, no fim da Marcha sobre Washington, Luther King fez no Memorial a Abraham Lincoln, presidente que libertara os escravos cem anos antes, o discurso mais importante de sua luta pacífica contra a segregação racial nos EUA. O Dr. King alegou que a promessa de direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade inscrita na Constituição Americana não tinha sido estendida a todos.
"Eu tenho um sonho de que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos de ex-escravos e os filhos de ex-proprietários de escravos vão poder se sentar juntos na mesa da fraternidade. Eu tenho um sonho de que um dia mesmo um estado como o Mississípi, um estado sufocado pelo calor da injustiça, sufocado pelo calor da opressão, vai se tornar um oásis de justiça e liberdade", discursou Luther King.
Um dos trechos mais lembrados hoje foi: "Eu tenho um sonho de que meus quatro pequenos filhos vão viver um dia numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter". Esse sonho foi realizado?
A legislação garantindo direitos iguais para os negros foi aprovada em 1964, depois da comoção causada pelo assassinato do presidente John Kennedy em 22 de novembro de 1963.
Desde então, os negros não podem mais ser discriminados legalmente. Podem entrar em bares, restaurantes e cafés que antes eram só para brancos. Mas da nada adianta isso, observou o presidente Obama, invocando o espírito de Luther King, se não tiverem dinheiro para pagar.
Os outros ex-presidentes vivos eleitos pelo Partido Democrata, Jimmy Carter e Bill Clinton, também discursaram em memória do sonho de Luther King.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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