Em campanha para as eleições de 22 de setembro de 2013, a chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, admitiu que a crise das dívidas públicas de países da periferia da Zona do Euro vai durar anos, mas atribuiu a culpa ao governo social-democrata de seu antecessor, Gerhard Schröder, alegando que "a Grécia nunca deveria ter sido admitida".
Nos últimos dias, o Partido Social-Democracta (SPD), o maior da oposição, acusou Merkel de não ter revelado ao público alemão o verdadeiro custo dos programas de ajuste fiscal impostos a Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha em troca de empréstimos de emergência.
Ao impor uma disciplina fiscal rígida que aprofundou a recessão e aumentou o desemprego nos países mais vulneráveis da Eurozona, Merkel e a Alemanha foram acusadas de abalar o projeto de integração da Europa, uma das principais garantias da paz no continente depois de duas guerras mundiais arrasadoras.
A primeira-ministra é criticada por não ter uma visão clara do futuro da União Europeia. De olho na reeleição no mês que vem, não teria aproveitado a crise da Eurozona, a maior do continente desde a criação da Comunidade Econômica Europeia, em 1957, para apresentar uma proposta sobre o futuro da Europa, que terminou sendo o continente mais abalado pela atual crise econômico-financeira internacional.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário