O Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, homem-forte do regime, deu seu aval hoje ao novo presidente do Irã, Hassan Rouhani, que será formalmente empossado amanhã pelo Majlis (Parlamento) pedindo que sirva o povo e defenda seus interesses das potências ocidentais.
Um dos principais objetivos do novo governo é justamente melhorar as relações com os Estados Unidos para enfrentar a crise crise econômica provocada pelas sanções internacionais contra o programa nuclear iraniano, suspeito de desenvolver armas atômicas. A moeda nacional, o rial, perdeu 50% do valor nos últimos meses.
Ex-negociador nuclear, Rouhani, de 76 anos, substitui o linha-dura Mahmoud Ahmadinejad, que ameaçou várias vezes varrer Israel do mapa. Em entrevista à imprensa oficial iraniana, ele deixou claro que não tem a menor intenção de repetir essas ameaças.
Ao contrário, o novo presidente quer romper o isolamento do país para reduzir ou acabar com as "opressivas sanções" internacionais e se concentrar na recuperação da economia, observa o jornal The New York Times.
A suspensão total das sanções depende da solução da crise envolvendo o programa nuclear iraniano, que teria de parar de enriquecer urânio, como exigem várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e abrir suas instalações a inspeções de surpresa da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Já a melhoria das relações com os EUA e Israel esbarrra na demonização desses dois países pela linha-dura do regime fundamentalista do Irã.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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