Como previsto, os primeiros resultados oficiais das eleições parlamentares deste domingo, 2 de dezembro, na Rússia dão 60% dos votos ao partido do presidente Vladimir Putin.
"A esmagadora maioria dos eleitores russos votou a favor da Rússia Unida, portanto apóia a orientação do presidente Putin, e votou a favor da continuidade depois do final do segundo mandato do atual presidente", declarou um porta-voz do Kremlin, Dimitry Peskov.
Houve denúncias de fraude. O Partido Comunista, o principal da oposição no futuro parlamento, prometeu recorrer à Justiça. "Esses resultados não são justos. Pretendemos contestá-los no Supremo Tribunal, declarou o líder comunista, Guenadi Ziuganov.
Para o ex-primeiro-ministro Boris Nemtsov, líder da União das Forças de Direita, que não conseguiu superar a barreira dos 7%, mínimo para ter representação na Duma do Estado, as eleições foram um escândalo: "Estou na política há 20 anos. Estas foram as eleições mais desonestas da História moderna da Rússia. Putin ganhou com a ajuda do cinismo e da mentira".
Com 30,4% dos votos apurados, a Rússia Unida tinha 63,3%, seguido pelo PC com 11,3%. Acredita-se que a Rússia Unida tenha cerca de 350 deputados. Precisa de apenas 301 para reformar a Constituição.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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