Em um sinal claro às empresas ocidentais de que podem perder negócios lucrativos, o Irã assinou no domingo, 9 de dezembro de 2007,um contrato de petróleo no valor US$ 2 bilhões com a companhia chinesa Sinopec, ignorando as sanções impostas pelos Estados Unidos e a Europa.
"Se outros países interessados em investir em gás e petróleo hesitarem, perderão oportunidades", advertiu o ministro do Petróleo iraniano, Gholam-Hossein Nozari.
O contrato, um dos maiores já assinados por Teerã e o primeiro com uma empresa da China, visa a desenvolver o gigantesco campo de petróleo de Iadavarã, no Sudoeste do Irã. Ele tem sozinho de 12 a 18 bilhões de barris.
Apesar de ter a segunda maior reserva de gás e petróleo, o Irã tem problemas para atrair os investimentos necessários para explorá-las.
Diante da ameaça de sanções internacionais contra o programa nuclear iraniano, o governo de Teerã não assinou nenhum contrato com companhias estrangeiras do setor. Um esquema de recompra, pelo qual os investidores devem devolver os campos depois que eles entrem em operação, é outro desestímulo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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