domingo, 2 de dezembro de 2007

Ingrid Betancourt: "Aqui, vivemos mortos"

O drama dos reféns seqüestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) ficou mais nítido com a publicação ontem, no jornal colombiano El Tiempo, de mais trechos de suas cartas, especialmente a destinada pela ex-senadora e ex-candidata à Presidência em 2002 Ingrid Betancourt à sua mãe.

"Aqui, vivemos mortos", desabafa Ingrid.

"A vida aqui não é vida; é um desperdício lúgubre de tempo. Vivo ou sobrevivo em uma rede estendida entre dois paus, coberta com um mosquiteiro e com uma lona por cima, que funciona como teto, com o qual posso pensar que tenho uma casa", diz Betancourt na carta de 12 páginas enviada a sua mãe, que ameaçou ontem processar o jornal por entender que divulgou informação "privada".

Essas cartas são a prova de que os reféns estão vivos exigida pelo governo colombiano nas negociações mediadas, até 10 dias atrás, pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Desde então, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, suspendeu a mediação de Chávez, paralisando a negociação. As FARC exigem que seja criada uma zona desmilitarizada para negociar com o governo; Uribe rejeita esta exigência.

Leia mais sobre as cartas no jornal argentino La Nación.

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