A candidata favorita à eleição presidencial de 2008 nos Estados Unidos questiona a retomada da Rodada Doha de negociação de liberalização comercial da Organização Mundial do Comércio (OMC). Para a senadora e ex-primeira dama Hillary Clinton, cláusulas ambientais e trabalhistas devem fazer parte de acordos de comércio internacional, contrariando a norma adotada até agora no sistema multilateral de comércio.
Seu marido, o então presidente Bill Clinton, defendeu a mesma idéia em 1998, em conferência de cúpula da OMC em Genebra, na Suíça. Na época, comentou-se que ele estava jogando para os sindicatos, uma importante base do Partido Democrata. Não havia perspectiva de lançamento de uma nova rodada, como ficou evidente na fracassada reunião de Seattle, nos EUA.
Agora, Hillary retoma a tese na campanha presidencial, num momento em que o impacto da globalização começa a pesar sobre os trabalhadores americanos. Ela defende a revisão periódica de todos os acordos de comércio internacional "para checar se estão atingindo seus objetivos".
Hillary também está preocupada com o superávit comercial da China, que na sua opinião estaria sendo usado para comprar empresas americanas.
O Brasil aposta na Rodada Doha como meio de obter uma liberalização do comércio agrícola, setor em que o país tem maior competitividade.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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