sexta-feira, 17 de março de 2017

EUA ameaçam Coreia do Norte com ataque preventivo

Durante visita à Coreia do Sul, o secretário de Estado americana, Rex Tillerson, descartou a possibilidade de negociar com a Coreia do Norte antes de desnuclearização do país. Ele advertiu que os Estados Unidos podem lançar um ataque preventivo se a ameaça nuclear norte-coreana atingir "níveis inaceitáveis".

A "paciência estratégica" do governo Barack Obama acabou, alertou o chefe da diplomacia do presidente Donald Trump. Mesmo rejeitando negociações diretas, os EUA devem continuar trabalhando pela via diplomática. A alternativa é a guerra.

Tillerson vai amanhã à China para pressionar a maior aliada do regime comunista de Pionguiangue a adotar uma posição mais dura. A China anunciou a suspensão das importações de carvão norte-coreano, mas o regime comunista chinês teme a desestabilização do país, vizinho, já descrito por autoridades chinesas como "a nossa Alemanha Oriental".

Com a queda do comunismo como ideologia e do fim da União Soviética, em 1991, o regime stalinista norte-coreana passou a fazer uma chantagem atômica, barganhando ajuda em alimentos e energia para sua economia falida.

Desde outubro de 2006, a Coreia do Norte realizou pelo menos quatro explosões nucleares experimentais e outros testes para desenvolver tecnologia de mísseis. Em reação, os EUA começaram a instalar um sistema de defesa antimísseis na Coreia do Sul, o Terminal de Defesa Aérea a Grande Altitude.

A China não aceita a instalação do sistema, alegando que dará uma vantagem estratégica aos EUA num possível conflito futuro entre as superpotências, mas ainda não parece pronta para enquadrar o ditador norte-coreano, Kim Jong Un, recentemente acusado de mandar matar o meio-irmão Kim Jong Nam no aerporto de Kuala Lumpur, na Malásia.

O assassinato político ultrajou os aliados chineses, mas não o suficiente para alinhar Beijim com Washington. A China usa a questão norte-coreana como uma carta na manga para negociar com os EUA e tem outros pontos de conflito, como suas ambições territoriais sobre 90% do Mar do Sul da China, rejeitadas em tribunal internacional.

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