O Conselho Europeu, que reúne os líderes dos países da União Europeia, prorrogou até 31 de outubro de 2019 o prazo para o Reino Unido deixar o bloco. É uma "extensão flexível". A primeira-ministra Theresa May pressiona os deputados do Partido Conservador a aprovar o acordo que negociou com os sócios europeus para o país sair logo, sem realizar eleições para o Parlamento Europeu em maio.
De volta a Londres, May será alvo de novas pressões da ala mais extremista e eurocética do partido para renunciar ao cargo. A ala direitista do partido teme que o Reino Unido não saia da UE ou fique preso às regras do bloco, com que tem a metade de seu comércio exterior.
O único país que resistiu à prorrogação do prazo foi a França. O presidente Emmanuel Macron declarou que a hesitação do Reino Unido prejudica o esforço de "renascimento da Europa".
Para o presidente do Conselho Europeu, o ex-primeiro-ministro polonês Donald Tusk, que defendia um prazo de um ano, agora o Reino Unido tem tempo suficiente para aprovar o acordo negociado por May, realizar novas eleições ou "cancelar totalmente a Brexit". Tusk é um dos defensores da permanência do Reino Unido na UE.
O novo prazo também dá uma chance aos defensores de um segundo plebiscito para o eleitorado britânico decidir que tipo de divórcio quer ou até para manter o país na UE. A Brexit fica adiada, talvez até o Dia das Bruxas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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