Com aumento nas exportações e na formação de estoques, a economia dos Estados Unidos registrou um avanço no ritmo de 3,2% ao ano no primeiro trimestre de 2019, encaminhando-se para completar dez aos de crescimento ininterrupto neste ano.
Foi a maior expansão no primeiro trimestre em quatro anos, superando as previsões do centro financeiro da Wall Street, de 2,3%, e os 2,2% do trimestre anterior.
A alta nas exportações e a queda nas importações e a reposição de estoques neutralizaram a fraqueza no consumo e no investimento das empresas. As importações caíram na segunda metade do ano passado por causa das tarifas impostas pelo governo Donald Trump na guerra comercial com a China, mas parte do tarifaço foi suspensa por causa das negociações entre os dois países mais ricos do mundo.
O comércio exterior respondeu por um aumento de 1,03 ponto percentual ao produto interno bruto de janeiro a março de 2019. O consumo pessoal, responsável por dois terços do PIB dos EUA, cresceu apenas 1,2% na comparação anual, depois de registrar 2,5% no último trimestre de 2018. Mas o aumento nos estoques acrescentou 0,67 ponto percentual ao PIB.
Depois de um começo de ano difícil, com o fechamento parcial das atividades do governo federal e a desaceleração da economia internacional, a expectativa de um acordo com a China e o anúncio do Conselho da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, de que não deve aumentar os juros neste ano a economia americano retomou seu vigor.
"Embora o impulso do comércio exterior e dos gastos dos governos municipais não deve se repetir no segundo trimestre, a mensagem principal é que o consumo pessoal e os investimentos diminuem gradualmente", comentou o economista Brian Coulton, da agência de classificação de risco Fitch.
O investimento das empresas em computação, pesquisa, desenvolvimento de produtos, equipamentos e infraestrutura cresceu num ritmo anual de 2,7%, a metade dos 5,4% do fim do ano passado. E a paralisação parcial do governo federal por causa do desacerto entre a Casa Branca e o Congresso em torno da construção de um muro na fronteira com o México tirou 0,3 ponto percentual do crescimento do PIB.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário