Por apenas um voto, 313 a 312, a Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico decidiu ontem pedir uma prorrogação do prazo para a saída do Reino Unido da União Europeia para evitar uma retirada sem acordo, noticiou a televisão pública BBC.
A UE resiste a ampliar o prazo de saída sem que o Parlamento Britânico aprove o acordo do divórcio concluído em novembro de 2018, depois de longas negociações do governo da primeira-ministra Theresa May com os outros 27 sócios da UE.
A proposta apresentada pela deputada trabalhista Yvette Cooper e do conservador Oliver Letwin enfrentou a objeção da ala mais extremista do Partido Conservador e do governo May. Falta agora a aprovação da Câmara dos Lordes.
No primeiro pedido de adiamento, a UE concordou que o novo prazo de saída seria 22 de maio, se a Câmara aprovasse o acordo negociado com May. Caso contrário, a saída terá de ser em 12 de abril, o que praticamente inviabiliza qualquer acordo. Seria uma saída dura, capaz de causar sérios prejuízos a ambas as partes.
Se pedir uma prorrogação além de 22 de maio, o Reino Unido terá de realizar eleições para o Parlamento Europeu, para desespero dos eurocéticos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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