sábado, 27 de abril de 2019

Ataque da polícia a célula terrorista termina com 15 mortes no Sri Lanka

Uma operação policial numa casa ocupada por extremistas muçulmanos terminou com 15 mortes, inclusive de seis crianças e três mulheres. Quatro terroristas suicidas se explodiram durante a batalha com a polícia na vila de Bolivarian, perto da cidade de Batticaloa, onde uma igreja foi um dos alvos dos atentados que mataram 359 pessoas no domingo de Páscoa no Sri Lanka.

O ataque indica que as forças de segurança estão obtendo mais informações sobre o grupo terrorista e que devem realizar mais operações. Desde os atentados, pelo menos 70 suspeitos foram presos.

A casa foi considerada suspeita pela mesquita local, que pediu a identificação dos moradores. Quando membros da comunidade muçulmana se aproximaram, em companhia da polícia, houve a primeira explosão, contaram moradores da área.

Meia hora depois, chegaram reforços das equipes de segurança. Outra casa a poucos quilômetros de distância foi alvo de uma operação de busca e apreensão ontem. Os agentes encontraram bandeiras da organização terrorista Estado Islâmico, coletes para atentados suicidas, detonadores e explosivos.

De início, as autoridades acusaram um grupo local, National Thowheeth Jammath, mas depois que o Estado Islâmico reivindicou a autoria dos atentados ficou evidente que havia algo maior por trás. Um pequeno grupo seria incapaz de realizar tantos ataques coordenados e de matar tanta gente.

Horas antes do ataque à célula terrorista, o presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, anunciou uma reestruturação dos serviços de segurança e um combate ao terrorismo em todas as frentes: "Todas as casas do país serão revistadas. Será feita uma lista dos moradores de cada casa para impedir que pessoas desconhecidas se escondam."

Dez dias antes dos atentados, os serviços secretos fizeram um memorando advertindo para o risco de ataques a igrejas, com nomes, telefones e endereços de suspeitos. Tanto o presidente quanto o primeiro-ministro, que são de partidos diferentes, alegam não ter recebido o alerta. A luta política interna do governo seria responsável pelo fracasso em evitar as ações terroristas.

O governo dos Estados Unidos fez um apelo aos americanos para que evitem viajar ao Sri Lanka e ordenou a retirada do país de todos os filhos de funcionários dos EUA em idade escolar.

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