quinta-feira, 25 de abril de 2019

Kim acusa EUA de má fé no encontro com Putin

Ao se reunir hoje com o ditador Vladimir Putin em Vladivostok, no Leste da Rússia, para evitar o isolamento diplomático, o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong Un, acusou os Estados Unidos de agirem com má fé no encontro de cúpula com o presidente Donald Trump, realizado em 27 e 28 de fevereiro em Hanói, no Vietnã.

Sempre interessado em minar a supremacia dos EUA para posar como líder da uma potência mundial, Putin deu apoio à desnuclearização da Península Coreana. Além de desarmar o programa nuclear norte-coreano, isso implicaria o fim da presença militar americana na Coreia do Sul, que vem desde a Guerra da Coreia (1950-53).

Os resultados do encontro de cúpula Kim-Putin serão limitados por causa das sanções internacionais contra seus dois países, a preocupação da Rússia com a proliferação nuclear e o interesse da Coreia do Norte de manter as negociações com os EUA.

Kim tem na Rússia uma fonte importante de energia e um contrapeso à influência da China, responsável por mais de 90% do comércio internacional norte-coreano.

Tanto a China quanto a Rússia ajudam a Coreia do Norte a driblar as sanções impostas pelos EUA. Por concordar em princípio com o desarmamento nuclear no primeiro encontro de cúpula com Trump, em 12 de junho de 2018, em Cingapura, Kim parece ter convencido a China e a Rússia de que não é uma ameaça nuclear.

Estes dois países têm interesse em reduzir o poderio internacional dos EUA. Estariam ajudando a Coreia do Norte a evitar as sanções com a troca de mercadorias entre navios em alto mar e o uso de companhias de navegação com bandeiras de outros países.

A cúpula Kim-Trump fracassou porque a Coreia do Norte exigiu o fim pelo menos parcial das sanções internacionais. Os EUA exigem a total desnuclearização do país para suspender as sanções.

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