sexta-feira, 7 de outubro de 2016

EUA criam menos empregos e podem adiar alta de juros

A economia dos Estados Unidos teve um saldo de 153 mil novos empregos em setembro de 2016, revelou hoje o relatório de emprego do Ministério do Trabalho. Foi um crescimento moderado, o menor desde maio, levando os analistas a prever que as taxas básicas de juros da maior economia do mundo só subam em dezembro ou no próximo. O mercado esperava 170 mil vagas.

A taxa de desemprego, medida em outra pesquisa, subiu de 4,9% para 5%. Essa pequena alta é considerada um sinal positivo de que mais gente está voltando ao mercado de trabalho na esperança de conseguir emprego.

Nos últimos três meses, o saldo de novos empregos ficou na média de 192 mil por mês, acima dos 146 mil mensais do segundo trimestre. No ano passado, a média foi de 229 mil vagas.

"Apesar da desaceleração, a economia dos EUA continua a gerar um número saudável de empregos", observou o economista Sung Won Sohn, da Universidade do Estado da Califórnia.

Em um ano, a força de trabalho ganhou mais 3 milhões de trabalhadores, o maior crescimento o desde o ano 2000. A participação no mercado ainda é considerada baixa, de 62,9% da população em idade de trabalhar, mas subiu 0,5 ponto percentual em 12 meses. Os salários avançaram em média 2,6%.

O Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o comitê de política monetária do banco central dos EUA, ainda se reúne duas vezes neste ano, no início de novembro e em meados de dezembro.

É improvável que mexa na taxa básica de juros, hoje numa banda de 0,25%-0,5%, às vésperas da eleição presidencial de 8 de novembro, especialmente depois que a presidente do Fed, Janet Yellen, foi acusada pelo candidato oposicionista Donald Trump de manter os juros artificialmente baixos para ajudar a candidatura da ex-secretária de Estado Hillary Clinton.

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