O cantor e compositor Bob Dylan ganhou hoje o Prêmio Nobel de Literatura de 2016 "por criar novas expressão poéticas dentro da grande tradição da canção americana", anunciou hoje em Estocolmo a Academia Real da Súecia.
Dylan é a primeiro músico a ganhar o prêmio e o primeiro americano agraciado com o Nobel de Literatura desde a escritora Toni Morrison, em 1993.
"Por 54 anos, Dylan tem se reinventado", justificou a secretária da academia sueca, Sara Danils. O álbum Blonde on Blonde foi lembrado como "um extraordinário exemplo de sua forma brilhante de criar rimas e refrões, e de seu jeito brilhante de pensar".
Para explicar a concessão do prêmio a um músico, Sara lembrou os poetas gregos Homero e Safo: "Eles escreveram textos poéticos para serem apresentados em públicos. Até hoje, lemos Homero e Safo - e gostamos."
Judeu americano, Robert Allen Zimmerman nasceu em 24 de maio de 1941 em Duluth, no estado de Minnesota. Sob influência do poeta galês Dylan Thomas, ele adotou o nome artístico de Bob Dylan. Começou sua carreira musical na tradição da música popular do interior dos Estados Unidos sob a inspiração de músicos como Woody Guthrie, que cantou a miséria do país durante a Grande Depressão (1929-39).
Ao longo da carreira, Dylan lançou 37 álbuns gravados em estúdios, 11 álbuns gravados ao vivo, 58 compactos simples e mais 12 álbuns das bootleg series, com gravações não aproveitadas em outros discos.
Quando lançou o LP The Times They Are a-Changing, em 1964, teve uma das músicas entre as dez mais vendidas nas paradas de sucesso. As outras nove eram da banda inglesa The Beatles. O que eles têm que eu não tenho?", perguntou-se Dylan. Guitarras elétricas.
Apesar do protesto dos tradicionalistas da música folclórica do interior dos EUA, Dylan eletrificou sua música, formou uma parceria com o conjunto The Band e se tornou o maior nome da música popular americana nas últimas décadas e o maior da história para seus fãs.
Dylan esteve várias vezes no Brasil. Em 1998, participou de um show dos Rolling Stones no Sambódromo, no Rio de Janeiro. Juntos, eles fizeram uma interpretação antológica de Like a rolling stone, talvez o maior sucesso do poeta e compositor homenageado hoje.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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