Em mais um golpe do presidente Joseph Kabila para se perpetuar no poder, o presidente da comissão eleitoral da República Democrática do Congo declarou no fim de semana que espera que a próxima eleição presidencial, prevista para novembro deste ano, seja adiada para dezembro de 2018, noticiou a agência Reuters.
O anúncio pode deflagrar mais uma onda de violência política depois de morte de cerca de 50 pessoas em protestos e choques com as forças de segurança na capital do antigo Congo Belga, Kinshasa.
Kabila se recusa a deixar o poder, mas nega qualquer manobra, atribuindo o adiamento a problemas logísticos e orçamentários. Uma negociação multipartidária com participação da sociedade tenta chegar a um acordo sobre a data da eleição, mas a maioria da oposição boicota o diálogo que considera um pretexto para Kabila continuar no poder.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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