Na campanha anticorrupção usada pelo presidente Xi Jinping para consolidar seu poder, a Justiça da China condenou dois ex-líderes municipais do Partido Comunista em duas cidades importantes em meio a uma disputa pela indicação de futuros dirigentes.
Wan Qingliang, ex-primeiro-secretário do PC em Cantão, foi condenado à prisão perpétua sob a acusação de receber US$ 16,6 milhões de propina, enquanto Wang Min, ex-chefe do partido em Jinã, pegou 12 anos por ganhar o equivalente a US$ 2,7 milhões.
Nos dois processos, a Justiça concluiu que eles receberam dinheiro para facilitar negócios e carreiras profissionais ilegalmente. Desde que as investigações começaram, em 2014, os dois não foram mais vistos em público.
O Comitê Central do PC se reúne no próximo mês para reexaminar as normas disciplinares a serem seguidas pelos 88,7 milhões de afiliados ao partido. "O código de conduta revisado será mais duro que o anterior. Esses dois casos servem para reforçar isso", comentou James Law, especialista em China da Fundação Jamestown, nos Estados Unidos.
Desde que Xi chegou à liderança do partido, em 2012, centenas de funcionários foram investigados e punidos por corrupção. Antes desta ascensão, o dirigente Bo Xilai, considerado líder da ala neomaoísta do partido, foi expurgado, preso e condenado por corrupção.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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