sábado, 22 de outubro de 2016

Iraque acusa Estado Islâmico de matar centenas de homens em Mossul

Sob pressão da ofensiva do Exército do Iraque e milícias aliadas para retomar a cidade de Mossul com o apoio da coalizão aérea de 65 países liderada pelos Estados Unidos, a milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante prendeu a matou pelo menos 284 jovens e adultos, sendo 61 menores, denunciou a televisão americana CNN citando como fonte um oficial iraquiano.

Os homens e meninos haviam sido usados como escudos humanos contra a ofensiva iraquiana. Teriam sido detidos e executados sumariamente na quinta e na sexta-feira. Os corpos foram jogados em covas rasas.

Na sexta-feira, as Nações Unidas advertiram que o Estado Islâmico deteve centenas de civis em Mossul e os colocou em posições próximas a combatentes do grupo para usá-los como escudos humanos contra o Exército do Iraque e os guerrilheiros curdos que lideram a operação terrestre.

"Há um grande risco de que milicianos do Estado Islâmico não apenas usem pessoas vulneráveis como escudos humanos, mas que também as matem para evitar que sejam libertadas", declarou o príncipe jordaniano Zeid Ra'ad al-Hussein, o primeiro árabe a chefiar o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos.

Pelo menos 550 famílias foram obrigadas a ir para Mossul na semana passada, numa medida aparentemente destinada a evitar que civis fujam para áreas retomadas pelo Exército do Iraque.

Por telefone, a chefe de ajuda humanitária da ONU no Iraque, Lise Grande, estimou que pelo menos 200 mil civis tentarão fugir da cidade antes e durante a Batalha de Mossul. O total pode chegar a um milhão de pessoas.

Segunda maior cidade iraquiana, Mossul está em poder dos jihadistas desde 10 de junho de 2014. Depois da reconquista de Faluja, Tikrit e Hamadi, é o último bastião do Estado Islâmico no país.

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