O cientista japonês Yoshinori Ohsumi, de 71 anos, ganhou hoje o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2016 por descobertas sobre como as células se reciclam num processo conhecido como autofagia em que comem a si mesmas.
É um processo fundamental para reciclagem das células, sua saúde e sobrevivência. As células podem ser decompostas em suas proteínas e componentes não essenciais para serem reutilizadas para gerar energia. Também usam autofagia para destruir vírus e bactérias, se livrar de estruturas mal formadas.
Esse processo é perturbado por cânceres, doenças infecciosas, problemas imunológicos e desordens neurovegetativas. Também é afetado pela velhice.
Ohsumi descobriu como funciona em pesquisas com fermento de confeiteiro. Os genes e processos metabólicos do fermento são usados por vários organismos superiores, inclusive os seres humanos. Ele começou pela química, passou a estudar biologia molecular.
Como professor da Universidade de Tóquio, ele começou a investigar sacos de fermento em que os componentes estavam se degradando. Tinha 43 anos quando fez a descoberta reconhecida hoje pela Academia Real de Ciências da Suécia.
Para os especialistas, como a Dra. Beth Levine, diretora de pesquisas em autofagia do Centro Médico da Universidade do Sudoeste do Texas, em Dallas, o Nobel de Ohsumi era "inevitável". O pesquisador japonês é "venerado no campo da autofagia".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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