O consumo pessoal acima do esperado no mês de setembro, com maior venda de automóveis, e a alta na inflação aumentam a possibilidade de um aumento na taxa básica de juros dos Estados Unidos na reunião do Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed) marcada para dezembro, noticiou hoje a agência Reuters.
A alta no consumo pessoal, responsável por 70% do produto interno bruto dos EUA, foi de 0,5% em setembro, depois de uma queda de 0,1% em agosto. Em 12 meses, o avanço foi de 2,1%.
No terceiro trimestre, a economia americana cresceu num ritmo de 2,9% o ano, em forte aceleração em comparação com 1,4% de abril a junho de 2016. A delegacia regional do Fed em Atlanta, na Geórgia, previu um ritmo de 2,7% ao ano para o país no último trimestre de 2016.
O núcleo da inflação, excluídos os preços mais voláteis de energia e alimentos, avançou 0,1% em setembro depois de subir 0,2% em agosto. Em 12 meses, ficou em 1,7% ao ano, abaixo da meta informalmente perseguida pelo Fed, de 2% ao ano.
O comitê se reúne nesta terça e na quarta-feira, mas é improvável que mexa nas taxas de juros uma semana antes da eleição presidencial de 8 de novembro.
Em dezembro de 2008, no auge da crise financeira internacional, o Fed baixou suas taxas de juro para praticamente zero. Em dezembro de 2015, elevou sua taxa básica de uma faixa de 0-0,25% ao ano para 0,25%-0,5%, na primeira alta desde 2006.
Agora, com taxa de desemprego abaixo de 5%, consumo pessoal e inflação em alta, a expectativa é de normalização da política monetária dos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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