A alternativa para os 17 países que usam o euro como moeda foi fazer um acordo mais limitado apenas entre eles e outros países do bloco interessados em aderir ao euro. O Banco Central da Europa será encarregado de gerir o Fundo Europeu de Estabilização Financeira e o Mecanismo Europeu de Estabilização, que o sucederá em 2012.
Sarkozy atribuiu o fracasso à insistência do Reino Unido de proteger o centro financeiro de Londres, o maior da Europa, enquanto a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, comentou que a Europa marcha para a união política.
Sob fogo de sua própria bancada conservadora, que gostaria de aproveitar a crise para convocar um referendo e retirar o país da UE, antes de ir para Bruxelas, o primeiro-ministro David Cameron prometeu vetar qualquer acordo que prejudicasse os interesses britânicos, especialmente do centro financeiro. Usou este veto, alegando que a proposta é integracionista.
Cameron não aceita o imposto sobre transações financeiras que a Alemanha e a França querem introduzir. Ele não será adotado nos Estados Unidos, o que prejudicaria a posição de Londres como centro financeiro internacional.
O governo britânico também não quer uma regra de ouro para limitar os déficits orçamentários a 0,5% do produto interno bruto. Isso reduziria a margem de manobra para enfrentar crises.
Ao mesmo tempo em que se congratula por não ter aderido ao euro, o Reino Unido vive um sério dilema com a crise da moeda comum europeia.
Por um lado, tem ampla liberdade para adotar suas próprias políticas econômicas. De outro, reconhece que depende da economia europeia e entende que uma união fiscal ou maior integração é fundamental para sustentar o euro, mas sabe que uma integração maior de um núcleo central vai criar uma Europa em duas velocidades em que o Reino Unido estará fora de algumas decisões importantes, marginalizando-se ainda mais dentro do bloco.
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