A onda de protestos violentos e saques deflagradas pela morte de um negro de 29 anos pela polícia no Norte de Londres há quatro dias se espalhou hoje por bairros do Sul e do Leste da capital britânica e chegou a Birmingham, a segunda maior cidade da Inglaterra e do Reino Unido, Bristol, Leeds, Liverpool e Manchester. São os piores distúrbios no país desde os anos 80.
Em Londres, houve ataques incendiários, depredações e saques hoje em Enfield, no Norte; Hackney e East Ham, no Leste; e em Brixton, Clapham, Lewisham, Peckham, Streatham, Woolwich e Croydon, no Sul. Em Ealing, no Oeste, os jovens se reuniram num parque para atacar supermercados, lojas e restaurantes. Um dono de restaurante afirmou nunca ter visto uma onda de violência criminosa igual.
A polícia, que enfrenta a terceira noite seguida de violência, saques e incêndios na periferia de Londres, declarou que as ações criminosas são articuladas via Internet e mensagens de texto de telefones celulares. Pediu para as pessoas não saírem de casa e fez um apelo especial aos pais para que controlem seus filhos. Desde o fim de semana, 334 pessoas foram presas e 69 indiciadas criminalmente.
Mais cedo, o vice-primeiro-ministro liberal-democrata Nick Clegg visitou Tottenham, o bairro do Norte de Londres onda a violência começou. O primeiro-ministro David Cameron suspendeu as férias na Toscana e deve chegar na cidade nesta noite.
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