Israel decidiu fechar as fronteiras com a Cisjordânia ocupada na sexta-feira e neste sábado para evitar violentos choques como os registrados uma semana antes em Jerusalém, num protesto contra a possível declaração de que dois lugares sagrados do território palestinos sejam considerados patrimônio histórico israelense.
A tensão se agravou durante a semana, com o anúncio da construção de mais de 50 mil moradias no setor árabe de Jerusalém, num avanço da colonização dos territórios árabes ocupados. Na prática, isso consolidaria a ocupação da parte oriental de Jerusalém, conquistada na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
"Foi um tapa na cara dos Estados Unidos", exclamou a secretária de Estado, Hillary Clinton, ao comentar a notícia, divulgada no dia da chegada do vice-presidente Joe Biden, que foi tentar relançar as negociações de paz no Oriente Médio.
Hoje Israel bloqueou o acesso de homens de até 50 anos à Esplanada das Mesquitas. Não impediu os protestos e empurra-empurra com os palestinos indignados com a proibição.
Houve passeata do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na cidade de Gaza e marcha até a barreira da discórdia, que divide áreas da Cisjordânia, onde os palestinos enfrentaram os soldados israelenses e foram contra-atacados com gás lacrimogênio.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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