NOVA YORK - O governo do Brasil rejeitou hoje um ultimato dos golpistas de Honduras, que deram prazo de 10 dias para o país definir a situação do presidente deposto, José Manuel Zelaya, que voltou a seu país há uma semana numa tentativa de retomar o poder: ou o Brasil concederia asilo a Zelaya ou teria de expulsá-lo da embaixada.
Durante um encontro de cúpula África-América Latina realizado na Ilha Margarida, na Venezuela, o presidente Luiz Inacio Lula da Silva afirmou que "o Brasil não aceita ultimatos de golpistas". O ministro das Relações Exteriores, embaixador Celso Amorim, disse que não responderia porque não reconhece o governo de fato de Honduras.
Em nota oficial, o governo golpista hondurenho afirmou que "nenhum país pode tolerar que uma embaixada estrangeira seja usada como base para gerar violência e romper a tranquilidade como Zelaya está fazendo desde que voltou ao país".
Se a situação atual não mudar em 10 dias, o governo golpista ameaça não reconhecer mais a inviolabilidade da embaixada, contrariando o direito internacional sobre imunidade diplomática.
Agora há pouco, o presidente de fato, Roberto Micheletti, suspendeu os direitos civis e ameaçou fechar rádios e televisões favoráveis a Zelaya. Ele estaria prestes a formar um governo paralelo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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