Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido acusaram hoje o Irã de estar construindo uma usina nuclear secreta para enriquecer urânio e exigiram que ela seja aberta à inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
A Rússia criticou o Irã, acusando-o de violar resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e disse que o regime fundamentalista iraniano precisa provar que seu programa nuclear tem fins pacíficos.
Durante a reunião do Grupo dos Vinte (G-20) em Pittsburgh, Pensilvânia, nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama revelou que as três potências nucleares ocidentais apresentaram ontem uma denúncia com provas detalhadas à agência da ONU.
Os especialistas alegam que a instalação nuclear é pequena demais para produzir combustível para gerar energia elétrica.
Obama disse ter dado uma chance ao Irã de demonstrar que seu programa nuclear tem fins pacíficos.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, deu dois meses de prazo para que o Irã pare de enriquecer urânio. Caso contrário, o país será submetido a novas sanções.
Já o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, advertiu que o Irã deve abandonar qualquer intenção de fazer a bomba atômica.
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, negou ter medo de uma ação militar de Israel contra a república islâmica. Ele insistiu que o Irã respeita o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e falou que Obama não entende nada de energia nuclear.
Por isso, seria necessário esperar pelo parecer da AIEA.
Com a mudança de posição da Rússia e a reaproximação entre Moscou e Washington, o Kremlin pode apoiar a aprovação de sanções contra o Irã. Mas a China, o quinto país-membro com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, não deu sinais de que vá concordar com isso.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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