Depois de morte de mais de 400 pessoas desde o início do ano por grave desnutrição, o presidente da Guatemala, Álvaro Colom, decretou ontem estado de calamidade pública.
País mais rico da América Central, a Guatemala é uma das sociedades mais desiguais e violentas do mundo. Durante a guerra suja das ditaduras militares contra guerrilhas de esquerda, no século passado, mais de 200 mil pessoas foram mortas.
Agora, uma seca que arrasou as plantações de milho, principal alimento da maioria indígena guatemalteca, agravou ainda mais a desnutrição crônica de boa parte da população, de 13 milhões de habitantes.
Com a declaração de calamidade pública, Colom pretende combater três situações de emergência: a fome, um surto de dengue na região de Izabal e avalanches em Santa Cruz de la Paz.
O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas considera o problema da fome na Guatemala o quarto pior do mundo. Quase a metade das crianças do país sofre de desnutrição crônica. A agência da ONU começou a distribuir 20 toneladas de biscoitos energéticos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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