O Grupo dos Vinte (G-20) vai substituir o Grupo dos Oito (G-8) como principal foro para discutir questões relacionadas à economia internacional. A decisão será anunciada hoje, na reunião de cúpula de Pittsburgh, Pensilvânia, nos Estados Unidos, que começou ontem à noite com um jantar oferecido pelo presidente Barack Obama.
O G-7 (EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá) surgiu em 1976 para coordenar as políticas macroeconômicas das maiores potências industriais capitalistas alguns anos depois que o presidente Richard Nixon acabou com o padrão-dólar, criando o sistema de câmbio flutuante.
A recessão causada pela crise do petróleo de 1973-74 aumentava a necessidade de uma resposta conjunta. Mas o G-7 sempre foi um foro informal. As grandes potências econômicas sempre se deram o direito de agir como quisessem.
De nada adiantou reclamar para o presidente Ronald Reagan (1981-89) dos déficits dos EUA nos anos 90, decorrentes de seus cortes de impostos e gastos de US$ 2 trilhões para pressionar a União Soviética no fim da Guerra Fria. Nem pedir ao então chamado SuperJapão para reduzir os formidáveis saldos comerciais que acumulava na mesma época.
Nos anos 90, depois do fim do comunismo e do colapso da URSS, a Rússia passou a fazer parte do G-7, mais por ser uma potência nuclear do que por seu poderio econômico. Surgia assim o G-8.
A China, hoje a terceira maior economia do mundo, capaz de ultrapassar o Japăo e assumir o segundo lugar já no próximo ano, está fora.
Assim, nos últimos anos, o G-8 passou a convidar informalmente as grandes economias emergentes para participar de parte de suas reuniões de cúpula, de modo a lhes dar uma representatividade maior.
O G-20 é formado pelas 19 maiores economias do mundo e a União Europeia. Além dos países do G-8, fazerm parte Brasil, Argentina e México, da América Latina; Turquia, Arábia Saudita, Índia, China, Coreia do Sul e Indonésia, na Ásia; África do Sul, na África; e Austrália, na Oceania.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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